AGROTRAVEL 2015 [POLÓNIA]:

TURISMO, SUSTENTABILIDADE E CIDADANIA NA OFERTA FORMATIVA DO CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE TURISMO AMBIENTAL E RURAL

Cada um de nós é uma espécie de encruzilhada onde acontecem coisas. As encruzilhadas são puramente passivas; há algo que acontece nesse lugar. Outras coisas igualmente válidas acontecem noutros pontos. Não há opção: é uma questão de probabilidades

Claude Lévi-Strauss (1978)

A centralidade da educação para a cidadania favorece o envolvimento da escola na promoção de desafios que visam estimular a participação e a abertura dos jovens face aos valores cívicos. A ideia de educar para a cidadania em realidades naturalmente complexas, exige uma visão alargada do currículo e a constante associação entre alunos, professores e restante comunidade educativa.

É esta a verdadeira tarefa de qualquer entidade formadora: favorecer a ocorrência deste tipo de experiências, devidamente enquadradas no contexto das respetivas áreas de formação e no âmbito socioprofissional em que se pretende intervir. Sem falsas modéstias, parece-nos ter sido este o enquadramento do projeto lançado pelo Curso Profissional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural (C57) para o seu segundo ano de atividades.

A concretização das propostas em torno da visita à Agrotravel – Feira Internacional de Agroturismo e Sustentabilidade, que se realizou em Kielce (Polónia), entre os dias 8 a 12 de abril de 2015 permitiu, uma vez mais, ultrapassar os limites do território em redor da escola, confrontando o grupo de aluno(a)s com uma realidade totalmente nova, nas suas múltiplas dimensões (sociais, culturais, económicas, técnicas e tecnológicas). Um desafio plenamente integrado na área do curso de turismo ambiental e rural, e uma experiencia plena de significado e intensidade.

A importância atribuída à orientação educativa do grupo / turma justificou o papel desempenhado por este desafio, não só ao nível das estratégias de motivação e mediação da oferta formativa, como também no que respeita aos compromissos assumidos e às exigências criadas perante um panorama educativo globalizado e em constante renovação.

A realização desta visita de estudo, foi uma iniciativa acarinhada desde início pelos alunos e pelas respetivas famílias. Para além disso, tratou-se de uma proposta que permitiu incluir conteúdos relevantes na formação global dos alunos, dado incluir-se no programa o contacto com duas cidades bem relevantes no contexto, na história e na cultura polaca e europeia (Cracóvia e Varsóvia), bem como a visita ao Campo de Auschwitz – Birkenau, território que mantém ligações muito fortes aos fenómenos de reconstrução do espirito europeu.

No fundo, a par das questões de âmbito curricular, que envolveram os conteúdos de várias componentes de formação, colocaram-se nesta proposta todo um conjunto de oportunidades, de contactos e de experiências significativas associadas à área do turismo, que, esperamos, possam, num futuro próximo, desempenhar um papel de relevo na manutenção dos níveis de envolvimento, inovação e criatividade dos alunos, bem como na promoção de dinâmicas extracurriculares favoráveis ao seu sucesso pessoal e socioprofissional.

Espera-se que os alunos tenham enriquecido os seus conhecimentos do ponto de vista técnico e tecnológico, na área do agroturismo e do turismo em meio rural; dando-lhes a oportunidade de construção de “novos olhares” em torno do panorama europeu, em termos económicos, políticos e socioculturais.

Em suma: das probabilidades proporcionadas por esta experiência, cabe(rá) agora aos alunos envolvidos destacar, do que aconteceu, quais as de aprendizagens e quais os conhecimento que ficarão para memória futura. O mesmo será dizer: que valores se retiram de tudo o que aconteceu ao longo da visita?

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